domingo, 19 de dezembro de 2010

um dia bom


são tempos assim
repletos de esquinas nostálgicas
de tantas lembraças...

dos abraços partidos
são os dias de cabeça no vento
de pés na água fria

os companheiros se fazem
da noite ao dia
os de prato cheio ou copo vazio

é lento ou rápido de mais
não se mede tempo
tudo simplesmente acontece

entre janeiro e dezembro
de um ano
de uma vida...



terça-feira, 9 de novembro de 2010

um pensamento a dois

no ato
é fato
que todos os gatos ...
são pardos!


te enganam
se encondem
te amam
eu gosto!


saudade
bandida
da vida
sozinha!


no ato
é fato
que toda noite
é dia!





terça-feira, 26 de outubro de 2010

de mim



tão inutilmente
dispensamos grandes pensamentos,
que a principio soam quase banalidades.
a duvida...
geradora dos grandes entorpecentes
o medo, o medo
tantas as coisas
até mesmo as músicas e minúcias
tantas lembranças do futuro...
ah futuro!
do abraço imaginário
as lagrimas tão reais,
da doce, vida?
mas beleza, existe!
em cada copo americano,
em toda louça vagabunda
toda, encharcada de histórias.
do sofá ao vinho derramado
da alma ao corpo
do perto ao distante ... tão distante.
da vida a morte!

quinta-feira, 30 de setembro de 2010


Quando inexistente,
quando há necessidade.
pode ao menos viver por tudo,
mesmo quando nada tem.

estar a beira da frágil linha
essa tão fina,
que insisto tangenciar...
ora vida, ora fantasia

antes fosse...
a que se pode despir,
mas devaneio este
que se faz vida.

vida, vida minha
e de quem mais participar.
uns figurantes
outros repetidos rompantes!

domingo, 26 de setembro de 2010

das cores o branco


serena a manhã,

mas ainda está por nascer...

do branco é a lembrança

mas o visto é quase preto.


nada apetece...

tudo soa bem.

por quê?

são eternas as mentiras


venho do quente

mas o que acontece é frio

sinto na pele,

mas não na alma.


nada apetece...

tudo soa bem,

por quê?


do dia forjado

da alma vazia

da noite em claro

do fato em branco.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

monstruosamente eu

de lagos profundos
são meus monstros...
surgem em meio a calmaria
beiram a perfeição dos fatos


e quando muito revoltos
me arrastam ...
formando ondas de caos
o pior, feitas por meu amado animal de estimação


penso e logo me vem um nome
mas que coincidência ...
nome composto de várias faces
prazer, eu.





quinta-feira, 26 de agosto de 2010

curta


sempre assim...
mentira!
mas é calor
de um falso inverno
merece.
merece a alma leve
a roupa também.
dias que fazem pensar
até mesmo pousar!
diria que pouco turbulento
mas ainda sim dentro,
dentro do controle.
que talvez não das mãos
mas da mente,
do resultado, leve...
não mais a roupa
mas a nova partida.

domingo, 20 de junho de 2010

quando a brisa passa


a brisa já leva o mau agouro
as bruxas já sussurram suas preces

os devaneios já são presentes
os hospícios bons espaços de lazer

as plumas nem sempre brancas
mas de tons acinzentados

os vôos nem sempre tão altos
podem ser rasos

mas sem o pé no chão estou
estamos

não é quente a brisa
é quase gélida

sorrio por sentir
por não viver entre os mornos e cinzas

e as folhas
continuam caindo.




domingo, 30 de maio de 2010


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umamerapessoa

Tem horas
que gostaria é de fechar os olhos
e segura me sentir
Tem horas
que talvez fugir parece ser solução
mas não é
Tem horas
que gostaria de ser menos, bem menos
mas sou mais
Tem horas
que poderia me bastar
mas não basto
Tem horas
que eu poderia voar bem alto
e da vida esquecer
Tem horas
que o coração poderia ser de pedra
para o aperto não sentir
Tem horas
que frágil poderia ser
mas as lágrimas não caem
Tem horas
que gostaria de ter você
mas você não vem
Tem horas
que o que eu menos precisava
eram horas!

sábado, 1 de maio de 2010

De fato visceral...



Seria sábado à noite, bem noite,
Noite de ar paulista....
Mas de vontade londrinense
Da saudade ainda meio a meio.

Penso eu que deviria
Mas não devo nada!
Devo o prazer a mim
Da satisfação da vida
Vida bem vivida

Querer partir sem deixar
Tomar a posse e ainda sim não ter dever
A roupa despir
A boca beijar
O sangue sentir tomar conta
Conta daquilo que na verdade me toma.

Do ato o mais primário
Diria até visceral...
Aquele que inquieta o indivíduo
Tira o sono
Expõe a verdade

Que deixa sabor
Cheiro do prazer
Deste...
Deste sábado à noite, bem noite!

sábado, 24 de abril de 2010

Daquele partido...

Tem horas que tampo os olhos,
preferível mesmo, não ver!
Já são medidas que não cabem, que nada de exatas tem...
Mas ainda sim suprem.
O que necessariamente? não sei.
Mas é fato!
Este que nem sempre é do presente,
mas de um pretérito mais que perfeito,
do qual presenteada eu fui.
Que roupagem seria esta?
Ela cobre quase o absoluto,
quase a totalidade, daquilo que nem ao menos
as quatro paredes deveriam saber...
mas sabem.
Sussurram aos também quatro, só que agora cantos.
Linda é ela, vivida ela está.
Estado que permanecerá em aberto, se possível por longas
décadas, perdidas na satisfação do ato.
Na consolidação do sonho.
Na realização da vida.

quarta-feira, 31 de março de 2010

De lua cheia

Da meia luz.
Surgem inúmeros seres.
Podem ser humanos?
Acredito que sim! ou que não!
É num balcão o clímax da história.
Personagens são criados.
Até mesmo seres inanimados são enforcados.
Tudo soa quase engraçado.
Tudo tem sabor quase ideal.
Coloca-se sal.
Lacrimeja-se o olhar do verde limão.
Escuta-se o som do jazz.
Mais um gole é dado. ou mais alguns?
Agora o gargalhar é som.
Pessoas ficam mais escassas.
As luzes não tão acesas.
O lugar soa intimo.
As conversas já mais próximas.
Logo, a porta é fechada.
E ainda a permanência.
O copo... cheio.
A cor verde. a cor vermelha.
A palavra é tchau.
O ato é andar.
O destino a casa chegar.
No mais o sofá.
Logo deitar.

domingo, 28 de março de 2010

tampa

conhecedoras de novos seres humanos,
e que seres! ÍMPARES!
de qualquer forma eu cruzo a todo momento
com este tipo de criatura, uns usam cores outro são de gamas neutras
mas todos de dores
que horas escondem ou não
...
sem mais motivações que simplesmente viver
sem pular!
todos fazem o roteiro de um dia após o outro
e acredite... são metódicos!
não esquecem rsrs no maximo sem passa batido
alguns a noite se entregam , seres sóbrios
sim hora a sombra é amor, outra estudos
alguns trabalhos infinitos são estas as classificações.
do monólogo eu parto,
talvez a retórica seja a hipótese mais plausível
de um diálogo ... entre meu eu e os seus mutilados
... pensamentos.

terça-feira, 23 de março de 2010

do verbo acomodar

renova-se a sensação
do não querer
ou querer de mais
acordar e com frio na barriga estar
dias do anseio
do esperar o som fazer e a entrada numerar
tudo são expectativas
vazias, erradas, complementares,
só raramente completas
ainda sim optamos pelo não obvio
pelo conveniente
que do verbo vem, mas de ação não é ser resultado
é futuro de um não ato, ou omissão do mesmo
pelo macio e vão achar!

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Celebrar a Vida

De sorriso no rosto é como recebo os célebres da noite, partimos então para a comemoração. De fundo a música que não muito clara mais agradável, o sons das vidas alheias se reverberam pelo recinto. De ótimo gosto é o lugar, com a cara da noite. Flashs, bebidas... Risadas são produzidas no interior de cada ser, as conversas as mais diversas e interessantes, ora acrescentam, ora distraem, mas todos numa incessante produção de um belo dia. Ao fim, uns vão outros ficam. Alguns para lá, outros para cá. E eu a fazer das dele, minhas palavras:


“A alegria da alma constitui os belos dias da vida, seja qual for a época.” Sócrates

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

descalço com sapato

chamemos de rua
seja ela larga ou estreita
suja ou limpa
horas cheia, outras vazia
passa gente, indigente
cachorro, gato, periquito
gente que fala,
gente do grito,
com bolsa, maleta, mochila
de preto, de branco,
seja a pele ou o vestido
é povo que corre, que anda, desliza
que chora, trabalha e vive



quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

desbotado

não notável ou seria até de mais.
muitas coisas te escapam as mãos...
aos olhares ou a qualquer meio de controle.
nada é justo de mais dentro de um mundo como este.
porém em momentos assim que posso sentir tamanho amor
e indignação ao saber da injustiça a solta.
seria capaz de ir até ao inferno para justiça fazer.
seria possível os atos mais extremos por amor.
hoje é dia de chateações.
é também estou com saudade, e tudo que da família eu possa sentir.
o morfeu ainda não apareceu, mas alguém trouxe a manta negra do anoitecer,
só que esqueceram do pó pesado que se joga em minhas pálpebras.
quero correr neste instante, por algum lugar que o vento me carregue,
e que lá pessoas sumam e eu sinta apenas, apenas o toque da brisa
que sutil chega e carrega, tudo aquilo que de ruim vêm me rondar,
uma hora cansa de sem óculos ficar e de mãos limpas agir.
a hora agora seria do coral na mão do roxo no rosto e do preto na roupa fúnebre.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

"... Permita que eu feche os meus olhos,pois é muito longe e tão tarde!Pensei que era apenas demora, e cantando pus-me a esperar-te.Permite que agora emudeça:que me conforme em ser sozinha.Há uma doce luz no silencio, e a dor é de origem divina.Permite que eu volte o meu rosto para um céu maior que este mundo, e aprenda a ser dócil no sonhocomo as estrelas no seu rumo ... "

Serenata (Cecília Meireles)






Tudo em embalagens

Já não mais,
Por estes dias que me acusam não viver
Cansei de dizer que viver dói...
E não sentir a dor.
Talvez seja o ópio que a mente cria,
que as escolhas proporcionam.
Dentro da escolha,
também vem um pacote,
fácil de abrir, difícil de fechar,
mas cheio de renuncias.
E você além de tudo escolhe o sabor:
pode ser FAMILIA, AMOR, VIDA
tem até mesmo uns de ALEGRIA, PAZ
uns chamados CARREIRA, SONHOS
infinitos eles são.
Mas para isso os eruditos,
aqueles de sorriso no rosto e alma leve.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

O prazer é todo meu

Quando, quando será a esperada hora?
A hora em que a verdade eu soubesse, e feliz ela fosse?
Não que de resposta eu precise!
Apenas a curiosidade que me ronda...
Aquela, é ... essa mesmo
que move milhares de nossos pensamentos.
Me encontro em entado de (AltGr+W)
Porém, com tudo, quanto, estou e sou feliz.
Por me bastar e caber em um eu vazado,
é sim vazado,
para as periféricas vidas alheias e mundos paralelos.
Onde eu crio o famoso e dignissimo presente!

domingo, 31 de janeiro de 2010

faz de conta... que de pele de coruja eu sou!